18.1.09
Carrossel do destino
Deixo os versos que escrevi,
As cantigas que cantei,
Cinco ou seis coisas que eu sei
E um milhão que eu esqueci.
Deixo este mundo daqui,
Selva com lei de cassino;
Vou renascer num menino,
Num país além do mar...
Licença, que eu vou rodar
No carrossel do destino.
Enquanto eu puder viver
Tudo o que o coração sente,
O tempo estará presente
Passando sem resistir.
Na hora que eu for partir
Para as nuvens do divino,
Que a viola seja o sino
Tocando pra me guiar...
Licença,que eu vou rodar
No carrossel do destino.
Romances e epopéias
Me pedindo pra brotar
E eu tangendo devagar
A boiada das idéias.
Sempre em busca das colméias
Onde brota o mel mais fino,
E um só verso, pequenino,
Mas que mereça ficar...
Licença,que eu vou rodar
No carrossel do destino.
Composição: António Nóbrega
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e esta hein?
ResponderEliminarAdormeci na pracinha do diário
E despertei num disco voador.
Até pensei que eu estava louco.
Louco, qual nada, o sonho começou.
Em marte, encontrei batutas.
Em vênus, banhistas na rua.
Inocente, cheio de estrelas,
Lira da noite vindo em bando da lua.
O disco deu outra volta
E o universo parou.
Madeira do rosarinho
A marcha da folia entoou.
Rebeldes com dona moça,
Usando anéis de saturno,
Desfilava com grande nobreza
Cruzando aquele espaço noturno.
O disco foi regressando,
E com saudade chorei.
Um raio da luz do sol
Desfez o sonho, acordei.