uma grande paciência para tudo o que ainda não estiver resolvido no seu coração. Esforce-se por amar as suas próprias dúvidas como se cada uma delas fosse um quarto fechado, um livro escrito em língua estrangeira. Não
procure, por enquanto, respostas que não lhe podem ser dadas, porque
não saberia ainda pô-las em prática, vivê-las. E trata-se,
precisamente, de viver tudo. De momento, viva apenas as suas
interrogações. Talvez que, simplesmente vivendo-as, acabe um dia
por penetrar insensivelmente nas respostas
Rilke, Cartas a um jovem poeta
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