31.3.07

Gente...

x
Que como nós se abre em fina flor

E dá ao mundo a palavra vivida

Nós que sentimos e temos Amor

Como quem ama a própria vida...

Contudo não somos o que dizemos ser

Não sentimos com os olhos a chorar

Choramos a verdade que nos faz crer

Em rios de lágrimas que serão mar...

E nós que somos gente como vós...

Iguais ao que somos quando o olhar

Se queda no eco da própria voz

Para no mundo mais gente deixar

E encantados seguirmos a nossa via

De canto e encanto no mundo ter

Não um rasgo nem estranha melodia

Mas um poema sem fim...

Algo de ti ou de mim...

Tudo o que o Amor faça nascer
[...]


(“GENTE” – um poema colectivo de “Encontros de Entrecampos”, com colaborações de: Ângela Nassim (Lynn), Eliana Mora, Luís Melo, Sónia Regina, Constantino Alves, Miguel Santos, Jorge Vicente, José Félix, Luísa Proença, Joseph Sherman, Alexandra Oliveira, José Gil, Ana Maria Costa, Mónica Correia, Carlos Savasini, Luís Monteiro da Cunha, A. Bittar, Rosangela Aliberti, Fernando Azevedo Corte Real, Xavier Zarco)

*Gente feliz com lágrimas, do título do romance homónimo do escritor João de Melo.

28.3.07



[...] a liberdade não serve nem gosta de ser servida, antes procura

comunicar-se.



Fernando Savater

27.3.07


E dizer-te, cara a cara,

Muito mais é o que nos une

que aquilo que nos separa.


Carlos Tê/Rui Veloso, Primeiro Beijo

26.3.07


Creep where you cannot walk.

Walk where you cannot run.

Run where you cannot fly.

Fly where you cannot bring the whole universe to a standstill within you.

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Rasteja quando não conseguires andar.

Anda quando não
conseguires correr.

Corre quando não
conseguires voar.

Voa quando não conseguires aquietar o universo inteiro dentro de ti.


O Livro de Mirdad





24.3.07

O único pensamento que vive é aquele que se mantém à temperatura da sua própria destruição.

Dostoyevski

23.3.07

Ainda ontem pensava que não era

mais do que um fragmento trémulo sem ritmo

na esfera da vida.

Hoje sei que sou eu a esfera,

e a vida inteira em fragmentos rítmicos move-se em mim.


Eles dizem-me no seu despertar:

"Tu e o mundo em que vives não passais de um grão de areia

sobre a margem infinita

de um mar infinito."


E no meu sonho eu respondo-lhes:


"Eu sou o mar infinito,

e todos os mundos não passam de grãos de areia

sobre a minha margem."


Só uma vez fiquei mudo.

Foi quando um homem me perguntou:

"Quem és tu?"



Khalil Gibran

22.3.07

Há um ponto no teu ser em que o Universo inteiro presta reverência, é o ponto em que o homem se torna um construtor do infinito, aquele que assenta os tijolos de fogo, aquele que constrói o templo. Onde está a força, a lucidez, a superação dos próprios limites? Onde está aquele sonho que já não tens coragem de enfrentar porque era demasiado belo e a realidade externa se encarregou de garantir que era impossível de manifestar?

A potência construtiva, esta paixão de mais além, vem quando eu não aceito as regras do jogo tridimensional, do jogo do medo e do comodismo, quando eu misturo a criança, o sábio, o revolucionário, o científico e o santo, tudo dentro de mim. O que tu precisas é de voltar a sonhar com um planeta purificado.

André Belém, 2001.

20.3.07

Os problemas não podem ser resolvidos no mesmo nível de consciência que os criou.

Albert Einstein (1879-1955)

16.3.07

The Road Not Taken

Two roads diverged in a yellow wood,

And sorry I could not travel both

And be one traveler, long I stood

And looked down one as far as I could

To where it bent in the undergrowth;


Then took the other, as just as fair,

And having perhaps the better claim,

Because it was grassy and wanted wear;

Though as for that the passing there

Had worn them really about the same,


And both that morning equally lay

In leaves no step had trodden black.

Oh, I kept the first for another day!

Yet knowing how way leads on to way,

I doubted if I should ever come back.


I shall be telling this with a sigh

Somewhere ages and ages hence:

Two roads diverged in a wood, and I—

I took the one less travelled by,

And that has made all the difference.


Robert Frost, Mountain Interval, 1920.

14.3.07

em qualquer dos casos estarás certo.

Quer penses que podes ou que não podes,

desconhecido, mas sábio :)

13.3.07



Surely he who is worthy to receive his days and his nights is worthy of all else from you.


Toda a pessoa que é digna de receber os seus dias e as suas noites é, certamente, digna de tudo o mais de ti.


Khalil Gibran, O Profeta, 1923.

8.3.07

Um dia, gastos, voltaremos

A viver livres como os animais

E mesmo tão cansados floriremos

Irmãos vivos do mar e dos pinhais.


O vento levará os mil cansaços

Dos gestos agitados irreais

E há-de voltar aos nosso membros lassos

A leve rapidez dos animais.


Só então poderemos caminhar

Através do mistério que se embala

No verde dos pinhais na voz do mar

E em nós germinará a sua fala.


Sophia

7.3.07

A verdadeira questão não é a coragem, a verdadeira questão é o conhecido ser aquilo que está morto e o desconhecido ser aquilo que está vivo.

Osho, Coragem

6.3.07

por saberem

Um grupo de baleias permanecia como longos Budas estirados no mar.

A minha irmã e eu encostámos as orelhas ao fundo do barco para ouvirmos as suas canções.

Virámo-nos para o avô e perguntámos:

- O que significam estas canções?

- As baleias não cantam por saberem a resposta – disse – cantam por saberem a canção.

Cinzas e Neve, Gregory Colbert.

5.3.07




A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.


Einstein