19.11.09

a collection of data is not information
a collection of information is not knowledge
a collection of knowledge is not wisdom
a collection of wisdom is not truth

---

uma compilação de dados não é informação
uma compilação de informação não é conhecimento
uma compilação de conhecimentos não é sabedoria
uma compilação de sabedoria não é a verdade

de fonte desconhecida

13.11.09

There are two kinds of strengths

the strength to lead, and the strength to follow
the strength to control and the strength to yield

There are two kinds of power
the power to strip another's soul bare
and the power to stand naked

---

Existem dois tipos de força
força de liderar, e força de seguir
força de controlar e força de deixar ir

Existem dois tipos de poder
O poder de desnudar no outro a alma
e o poder de permanecer, despido

(amor vincit omnia)

Não há pior castigo

do que darmo-nos conta de estarmos a sabotar com os nossos próprios actos aquilo que na realidade queremos ser.

Savater, Ética para um Jovem.

12.7.09

Often rebuked, yet always back returning
To those first feelings that were born with me
And leaving busy chase of wealth and learning
For idle dreams of things which cannot be

Today I will seek not the shadowy region
Its unsustaining vastness waxes drear
And visions rising, legion after legion
Bring the unreal world too strangely near

I'll walk, but not in old heroic traces
And not in paths of "high morality"
And not among the half distinguished faces
The clouded forms of long past history

I'll walk where my own nature would be leading
It vexes me to choose another guide
Where the grey flocks in ferny glens are feeding
Where the wild wind blows on the mountain side

What have those lonely mountains worth revealing?
More glory and more grief then I can tell
The earth that wakes one human heart to feeling
Can centre both the worlds of Heaven and Hell

Emily Brontë

1.7.09

Verdes prados, verdes campos
Onde está minha paixão
As andorinhas não param
Umas voltam outras não.

(excerto de Cantigas de Maio, popular, cantada por Zeca Afonso)

9.6.09

Blowing In The Wind



How many roads must a man walk down,
before you call him a man?
How many seas must a white dove fly,
before she sleeps in the sand?
And how many times must a cannon ball fly,
before they're forever banned?

The answer my friend is blowing in the wind,
the answer is blowing in the wind.

How many years can a mountain exist,
before it is washed to the sea?
How many years can some people exist,
before they're allowed to be free?
And how many times can a man turn his head,
and pretend that he just doesn't see?

The answer my friend is blowing in the wind,
the answer is blowing in the wind.

How many times must a man look up,
before he sees the sky?
And how many ears must one man have,
before he can hear people cry ?
And how many deaths will it take till we know,
that too many people have died?

The answer my friend is blowing in the wind,
the answer is blowing in the wind.

The answer my friend is blowing in the wind,
the answer is blowing in the wind.

Bob Dylan
A forma inteligente de manter as pessoas passivas e obedientes é limitar estritamente o espectro da opinião aceitável, mas estimular muito intensamente o debate dentro daquele espectro… Isto dá às pessoas a sensação de que o livre pensamento está pujante, e ao mesmo tempo os pressupostos do sistema são reforçados através desses limites impostos à amplitude do debate.

Noam Chomsky

23.5.09

Saiba



Composição: Arnaldo Antunes
Intérprete: Adriana Partimpim

Saiba: todo mundo foi neném
Einstein, Freud e Platão também
Hitler, Bush e Saddam Hussein
Quem tem grana e quem não tem

Saiba: todo mundo teve infância
Maomé já foi criança
Arquimedes, Buda, Galileu
e também você e eu

Saiba: todo mundo teve medo
Mesmo que seja segredo
Nietzsche e Simone de Beauvoir
Fernandinho Beira-Mar

Saiba: todo mundo vai morrer
Presidente, general ou rei
Anglo-saxão ou muçulmano
Todo e qualquer ser humano

Saiba: todo mundo teve pai
Quem já foi e quem ainda vai
Lao-Tsé, Moisés, Ramsés, Pelé
Gandhi, Mike Tyson, Salomé

Saiba: todo mundo teve mãe
Índios, africanos e alemães
Nero, Che Guevara, Pinochet
e também eu e você

20.5.09

Tu Gitana



Por Lidia.
Composição: penso que é popular galega.

Tu gitana que adivinhas
me lo digas pues no lo se
si saldré desta aventura o si nela moriré.

O si nela perco la vida
O si nela triunfare
Tu gitana que adivinhas
me lo digas pues no lo se.

18.5.09

Aquela Nuvem


- É tão bom ser nuvem,
ter um corpo leve,
e passar, passar.

- Leva-me contigo.
Quero ver Granada.
Quero ver o mar.

- Granada é longe,
o mar é distante,
não podes voar.

- Para que te serve
ser nuvem, se não
me podes levar?

- Serve para te ver.
E passar, passar.


Eugénio de Andrade, Aquela Nuvem e Outras
, 1986.

16.5.09

A água tem dificuldade em se aguentar na vertical.

Deconheço

27.4.09


Se quiseres ir mais depressa, vai sozinho. Se quiseres ir mais longe, vai em conjunto.

Provérbio africano

23.4.09

Posso resumir em duas palavras o que aprendi sobre a vida
- que termina.

Robert Frost

21.4.09



- Mestre, como faço para me tornar sábio?
- Boas escolhas.

- Mas como fazer boas escolhas?
- Experiência - diz o mestre.

- E como adquirir experiência, mestre?
- Más escolhas.




26.3.09

O Paraíso






Subi a escada de papelão
Imaginada
Invocação
Não leva a nada
Não leva não
É só uma escada de papelão
Há outra entrada no Paraíso
Mais apertada
Mais sim senhor
Foi inventada
Por um anão
E está guardada
Por um dragão
Eu só conheço
Esse caminho
Do Paraíso


Madredeus (Letra e música: Pedro Ayres Magalhães)

19.3.09

There is no human nature; there's human behavior. And that's always been changed around history.

(Não há natureza humana - há comportamento humano, que sempre foi alvo de mudança ao longo da história.)

Em Addendum Z-Day 2

6.3.09

Los Hermanos

ouvir

Composição: Atahualpa Yupanqui

Yo tengo tantos hermanos
Que no los puedo contar
En el valle en la montaña
En la pampa y en el mar
Cada cual con sus trabajos
Con sus sueños cada cual
Con la esperanza delante
Con los recuerdos detrás
Yo tengo tantos hermanos
Que no los puedo contar

Gente de mano caliente
Por eso de la amistad
Con um lloro para llorarlo
Con un rezo para rezar
Con un horizonte abierto
Que siempre esta más allá
Y esa fuerza pa buscarlo
Con tezón y voluntad
Cuando parece más cerca
Es cuando se aleja más
Yo tengo tantos hermanos
Que no los puedo contar

Y asi seguimos andando
Curtidos de soledad
Nos perdemos por el mundo
Nos volvemos a encontrar
Y asi nos reconocemos
Por el lejano mirar
Por las coplas que mordemos
Semillas de imensidad
Y así seguimos andando
Curtidos de soledad
Y en nosotros nuestros muertos
Pa que nadie quede atrás
Yo tengo tantos hermanos
Que no los puedo contar
Y una hermana muy hermosa
Que se llama libertad

"Los Hermanos", Elis Regina, dó álbum Falso Brilhante (1976).

14.2.09

Será? III


[...]

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender ...

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...

Alberto Caeiro, em O Guardador de Rebanhos

11.2.09

Fantasminha Feliz :)

Happy phantom


And if I die today I'll be the happy phantom
And I'll go chassin' the nuns out in the yard
And I'll run naked through the streets without my mask on
And I will never need umbrellas in the rain
I'll wake up in strawberry fields every day
And the atrocities of school I can forgive
The happy phantom has no right to bitch
oo who
The time is getting closer
oo who
Time to be a ghost
oo who
Every day we're getting closer
The sun is geting dim
Will we pay for who we been

So if I die today I'll be the happy phantom
And I'll go wearin' my naughties like a jewel
They'll be my ticket to the universal opera
There's Judy Garland taking Budda by the hand
And then these seven little men get up to dance
They say Confucius does his crossword with a pen
I'm still the angel to a girl who hates to sin

oo who
The time is getting closer
oo who
Time to be a ghost
oo who
Every day we're getting closer
The sun is geting dim
Will we pay for who we been

Or will I see you dear and wish I could come back
You found a girl that you could truly love again
WIll you still call for me when she falls asleep
Or do we soond forget the things we cannot see

oo who
The time is getting closer
oo who
Time to be a ghost
oo who
Every day we're getting closer
The sun is geting dim
Will we pay for who we been

Tori Amos, do álbum Little Earthquakes (1992).

8.2.09

Here It Is

ouvir

Here is your crown
And your seal and rings;
And here is your love
For all things.

Here is your cart,
And your cardboard and piss;
And here is your love
For all of this.

May everyone live,
And may everyone die.
Hello, my love,
And my love, Goodbye.

Here is your wine,
And your drunken fall;
And here is your love.
Your love for it all.

Here is your sickness.
Your bed and your pan;
And here is your love
For the woman, the man.

May everyone live,
And may everyone die.
Hello, my love,
And, my love, Goodbye.

And here is the night,
The night has begun;
And here is your death
In the heart of your son.

And here is the dawn,
(Until death do us part);
And here is your death,
In your daughter’s heart.

May everyone live,
And may everyone die.
Hello, my love,
And, my love, Goodbye.

And here you are hurried,
And here you are gone;
And here is the love,
That it’s all built upon.

Here is your cross,
Your nails and your hill;
And here is your love,
That lists where it will

May everyone live,
And may everyone die.
Hello, my love,
And my love, Goodbye.

Leonard Cohen, do album Ten New Songs.

26.1.09

Construção

youtube

Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado

Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,
Deus lhe pague

Composição: Chico Buarque

22.1.09

De morte natural nunca ninguém morreu
[...]

Jorge de Sena

21.1.09

Vilarejo

youtube

Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão

Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraiso se mudou para lá

Por cima das casas, cal
Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real

Toda gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá
Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa

Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar

Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa canção

Tem um verdadeiro amor
Para quando você for

Composição: Marisa Monte, Pedro Baby, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes

18.1.09

Carrossel do destino


Deixo os versos que escrevi,
As cantigas que cantei,
Cinco ou seis coisas que eu sei
E um milhão que eu esqueci.
Deixo este mundo daqui,
Selva com lei de cassino;
Vou renascer num menino,
Num país além do mar...
Licença, que eu vou rodar
No carrossel do destino.

Enquanto eu puder viver
Tudo o que o coração sente,
O tempo estará presente
Passando sem resistir.
Na hora que eu for partir
Para as nuvens do divino,
Que a viola seja o sino
Tocando pra me guiar...
Licença,que eu vou rodar
No carrossel do destino.

Romances e epopéias
Me pedindo pra brotar
E eu tangendo devagar
A boiada das idéias.
Sempre em busca das colméias
Onde brota o mel mais fino,
E um só verso, pequenino,
Mas que mereça ficar...
Licença,que eu vou rodar
No carrossel do destino.

Composição: António Nóbrega