16.5.09

A água tem dificuldade em se aguentar na vertical.

Deconheço

27.4.09


Se quiseres ir mais depressa, vai sozinho. Se quiseres ir mais longe, vai em conjunto.

Provérbio africano

23.4.09

Posso resumir em duas palavras o que aprendi sobre a vida
- que termina.

Robert Frost

21.4.09



- Mestre, como faço para me tornar sábio?
- Boas escolhas.

- Mas como fazer boas escolhas?
- Experiência - diz o mestre.

- E como adquirir experiência, mestre?
- Más escolhas.




26.3.09

O Paraíso






Subi a escada de papelão
Imaginada
Invocação
Não leva a nada
Não leva não
É só uma escada de papelão
Há outra entrada no Paraíso
Mais apertada
Mais sim senhor
Foi inventada
Por um anão
E está guardada
Por um dragão
Eu só conheço
Esse caminho
Do Paraíso


Madredeus (Letra e música: Pedro Ayres Magalhães)

19.3.09

There is no human nature; there's human behavior. And that's always been changed around history.

(Não há natureza humana - há comportamento humano, que sempre foi alvo de mudança ao longo da história.)

Em Addendum Z-Day 2

6.3.09

Los Hermanos

ouvir

Composição: Atahualpa Yupanqui

Yo tengo tantos hermanos
Que no los puedo contar
En el valle en la montaña
En la pampa y en el mar
Cada cual con sus trabajos
Con sus sueños cada cual
Con la esperanza delante
Con los recuerdos detrás
Yo tengo tantos hermanos
Que no los puedo contar

Gente de mano caliente
Por eso de la amistad
Con um lloro para llorarlo
Con un rezo para rezar
Con un horizonte abierto
Que siempre esta más allá
Y esa fuerza pa buscarlo
Con tezón y voluntad
Cuando parece más cerca
Es cuando se aleja más
Yo tengo tantos hermanos
Que no los puedo contar

Y asi seguimos andando
Curtidos de soledad
Nos perdemos por el mundo
Nos volvemos a encontrar
Y asi nos reconocemos
Por el lejano mirar
Por las coplas que mordemos
Semillas de imensidad
Y así seguimos andando
Curtidos de soledad
Y en nosotros nuestros muertos
Pa que nadie quede atrás
Yo tengo tantos hermanos
Que no los puedo contar
Y una hermana muy hermosa
Que se llama libertad

"Los Hermanos", Elis Regina, dó álbum Falso Brilhante (1976).

14.2.09

Será? III


[...]

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender ...

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...

Alberto Caeiro, em O Guardador de Rebanhos

11.2.09

Fantasminha Feliz :)

Happy phantom


And if I die today I'll be the happy phantom
And I'll go chassin' the nuns out in the yard
And I'll run naked through the streets without my mask on
And I will never need umbrellas in the rain
I'll wake up in strawberry fields every day
And the atrocities of school I can forgive
The happy phantom has no right to bitch
oo who
The time is getting closer
oo who
Time to be a ghost
oo who
Every day we're getting closer
The sun is geting dim
Will we pay for who we been

So if I die today I'll be the happy phantom
And I'll go wearin' my naughties like a jewel
They'll be my ticket to the universal opera
There's Judy Garland taking Budda by the hand
And then these seven little men get up to dance
They say Confucius does his crossword with a pen
I'm still the angel to a girl who hates to sin

oo who
The time is getting closer
oo who
Time to be a ghost
oo who
Every day we're getting closer
The sun is geting dim
Will we pay for who we been

Or will I see you dear and wish I could come back
You found a girl that you could truly love again
WIll you still call for me when she falls asleep
Or do we soond forget the things we cannot see

oo who
The time is getting closer
oo who
Time to be a ghost
oo who
Every day we're getting closer
The sun is geting dim
Will we pay for who we been

Tori Amos, do álbum Little Earthquakes (1992).

8.2.09

Here It Is

ouvir

Here is your crown
And your seal and rings;
And here is your love
For all things.

Here is your cart,
And your cardboard and piss;
And here is your love
For all of this.

May everyone live,
And may everyone die.
Hello, my love,
And my love, Goodbye.

Here is your wine,
And your drunken fall;
And here is your love.
Your love for it all.

Here is your sickness.
Your bed and your pan;
And here is your love
For the woman, the man.

May everyone live,
And may everyone die.
Hello, my love,
And, my love, Goodbye.

And here is the night,
The night has begun;
And here is your death
In the heart of your son.

And here is the dawn,
(Until death do us part);
And here is your death,
In your daughter’s heart.

May everyone live,
And may everyone die.
Hello, my love,
And, my love, Goodbye.

And here you are hurried,
And here you are gone;
And here is the love,
That it’s all built upon.

Here is your cross,
Your nails and your hill;
And here is your love,
That lists where it will

May everyone live,
And may everyone die.
Hello, my love,
And my love, Goodbye.

Leonard Cohen, do album Ten New Songs.

26.1.09

Construção

youtube

Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado

Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,
Deus lhe pague

Composição: Chico Buarque

22.1.09

De morte natural nunca ninguém morreu
[...]

Jorge de Sena

21.1.09

Vilarejo

youtube

Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão

Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraiso se mudou para lá

Por cima das casas, cal
Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real

Toda gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá
Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa

Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar

Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa canção

Tem um verdadeiro amor
Para quando você for

Composição: Marisa Monte, Pedro Baby, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes

18.1.09

Carrossel do destino


Deixo os versos que escrevi,
As cantigas que cantei,
Cinco ou seis coisas que eu sei
E um milhão que eu esqueci.
Deixo este mundo daqui,
Selva com lei de cassino;
Vou renascer num menino,
Num país além do mar...
Licença, que eu vou rodar
No carrossel do destino.

Enquanto eu puder viver
Tudo o que o coração sente,
O tempo estará presente
Passando sem resistir.
Na hora que eu for partir
Para as nuvens do divino,
Que a viola seja o sino
Tocando pra me guiar...
Licença,que eu vou rodar
No carrossel do destino.

Romances e epopéias
Me pedindo pra brotar
E eu tangendo devagar
A boiada das idéias.
Sempre em busca das colméias
Onde brota o mel mais fino,
E um só verso, pequenino,
Mas que mereça ficar...
Licença,que eu vou rodar
No carrossel do destino.

Composição: António Nóbrega

29.12.08

No deserto

xx
Metade de mim cavalo de mim mesma eu te domino
Eu te debelo com espora e rédea

Para que não te percas nas cidades mortas
Para que não te percas
Nem nos comércios de Babilónia
Nem nos ritos sangrentos de Nínive

Eu aponto o teu nariz para o deserto limpo
Para o perfume limpo do deserto
Para a sua solidão de extremo a extremo

Por isso te debelo te combato te domino
E o freio te corta a espora te fere a rédea te retém

Para poder soltar-te livre no deserto
Onde não somos nós dois mas só um mesmo
No deserto limpo com seu perfume de astros
Na grande claridade limpa do deserto
No espaço interior de cada poema
Luz e fogo perdidos mas tão perto
Onde não somos nós dois mas só um mesmo

Sophia, Dual

11.12.08

HAMLET: Do you see nothing there?

THE QUEEN: Nothing at all; yet all that is I see.


Shakespeare: Hamlet, act 3, scene 4

4.11.08

[...]

Sabes, amar é uma vitória,
e a vida é simples de contar
[...]

Carlos Paião, História de Amor

[...]

Sabes, amar é uma vitória,
e a vida é simples de contar
[...]

Carlos Paião, História de Amor

1.10.08

Se podes olhar, vê.
Se podes ver, repara.

José Saramago, “Livros dos...” em Ensaio Sobre a Cegueira

29.9.08

Tatuagens

youtube

Em cada gesto perdido
Tu és igual a mim
Em cada ferida que sara
Escondida do mundo
Eu sou igual a ti

Fazes pintura de guerra
Que eu não sei apagar
Pintas o sol da cor da terra
E a lua da cor do mar

Em cada grito da alma
Eu sou igual a ti
De cada vez que um olhar
Te alucina e te prende
Tu és igual a mim

Fazes pinturas de sonhos
Pintas o sol na minha mão
E és mistura de vento e lama
Entre os luares perdidos no chão

Em cada noite sem rumo
Tu és igual a mim
De cada vez que procuro
Preciso um abrigo
Eu sou igual a ti

Faço pinturas de guerra
Que eu não sei apagar
E pinto a lua da cor da terra
E o sol da cor do mar

Em cada grito afundado
Eu sou igual a ti
De cada vez que a tremura
Desata o desejo
Tu és igual a mim

Faço pinturas de sonhos
E pinto a lua na tua mão
Misturo o vento e a lama
Piso os luares perdidos no chão


Mafalda Veiga

22.9.08

Tradição

é a passagem do fogo, não a veneração das cinzas.

Gustav Mahler

em http://www.rodobalho.com/

28.8.08

Interpretation is the revenge of the intellect upon art.
Susan Sontag, 1964.

27.8.08

Tell me a story, Pew.
What kind of story, child?

A story with a happy ending.
There's no such thing in all the world.
As a happy ending?
As an ending.

in Lighthousekeeping

6.8.08

Isto de estar vivo um dia ainda acaba mal.

Manuel da Fonseca

Throw it away


I think about the life I live
A figure made of clay
And I think about the things I lost
The things I gave away

When I'm in a certain mood
I search the halls and, look,
One night I found these magic words
In a magic book

Throw it away, throw it away
Give your love, live your life
Each and every day

And keep your hand wide open
Let the sun shine through
Cause you can never lose a thing
If it belongs to you

There's a hand that rocks the cradle
And a hand to help us stand
With a gentle kind of motion
As it moves across the land

And hands unclenched and opened
Gifts of life and love it brings
So keep your hand wide open
If you're needing anything

Throw it away
Throw it away
Give your love, live your life
Each and every day

And keep your hand wide open
Let the sun shine through
Cause you can never lose a thing
If it belongs to you

There's a natural obligation
To what we own and claim
Possessing and belonging to
Acknowledging a name

So keep your hand wide open
If you're needing love today
Cause you can't lose it even if
You throw it all away

You can throw it away
You can throw it away
Give your life, live your love
Each and every day

And keep your hand wide open
Let the sun come through
Cause you can never lose a thing
If it belongs to you

Abbey Lincoln

19.3.08

A liberdade exprime-se no esforço do espírito para se libertar das formas que já cumpriram o seu papel.

Kandinski, Gramática da Criação

20.1.08

A condição humana atinge-se quando o Homem está disposto a morrer por aquilo em que acredita.

desconheço

8.1.08

If blood will flow when flesh and steel are one

Drying in the colour of the evening sun

Tomorrow's rain will wash the stains away

But something in our minds will always stay

Perhaps this final act was meant

To clinch a lifetime's argument

That nothing comes from violence

and nothing ever could

For all those born beneath an angry star

Lest we forget how fragile we are


Fragile - Sting, Fields of Gold

5.1.08

Persons attempting to find a motive in this narrative will be prosecuted;

persons attempting to find a moral in it will be banished;

persons attempting to find a plot in it will be shot.


Mark Twain

2.1.08

Coragem

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

Pessoa

19.12.07

Fui ter à mesa redonda beber em malga que esconda
Um beijo de mão em mão

Povo que lavas no Rio, letra de Pedro Homem de Melo

18.12.07

Habitat

Ser porteira da minha
própria entrada:
Eis o único momento
de posse possível.

Marta Bernardes, in Arquivo de Nuvens

8.11.07

Para que serve então a Utopia?

Ela (a utopia) está no horizonte.
Avanço dois passos e ela afasta-se dois passos.
Avanço dez passos e o horizonte distancia-se de mim dez passos.
Posso ir tão longe quanto quiser:
Nunca lá chegarei.
Para que serve então a utopia?
Para isso mesmo... para avançarmos.

Eduardo Galeano

7.11.07

The Voiceless

We count the broken lyres that rest
Where the sweet wailing singers slumber,
But o'er their silent sister's breast
The wild-flowers who will stoop to number?
A few can touch the magic string,
And noisy Fame is proud to win them:
Alas for those that never sing,
But die with all their music in them!

Nay, grieve not for the dead alone
Whose song has told their hearts' sad story,--
Weep for the voiceless, who have known
The cross without the crown of glory!
Not where Leucadian breezes sweep
O'er Sappho's memory-haunted billow,
But where the glistening night-dews weep
On nameless sorrow's churchyard pillow.

O hearts that break and give no sign
Save whitening lip and fading tresses,
Till Death pours out his longed-for wine
Slow-dropped from Misery's crushing presses,--
If singing breath or echoing chord
To every hidden pang were given,
What endless melodies were poured,
As sad as earth, as sweet as heaven!

Oliver Wendell Holmes, 1858

23.10.07

The truth is a snare: you cannot have it, without being caught. You cannot have the truth in such a way that you catch it, but only in such a way that it catches you.
Kierkegaard

22.10.07

The Little Portress

The stillness of the sunshine lies
Upon her spirit: silence seems
To look out from its place of dreams
When suddenly she lifts her eyes
To waken, for a little space,
The smile asleep upon her face.

A thousand years of sun and shower,
The melting of unnumbered snows
Go to the making of the rose
Which blushes out its little hour.
So old is Beauty: in its heart
The ages seem to meet and part.

Like Beauty's self, she holds a clear
Deep memory of hidden things -
The music of forgotten springs -
So far she travels back, so near
She seems to stand to patient truth
As old as Age, as young as Youth.

That is her window, by the gate.
Now and again her figure flits
Across the wall. Long hours she sits
Within: on all who come to wait.
Her Saviour too is hanging there
A foot or so above her chair.

'Soeur Marie de l'Enfant Jésus,'
You wrote it in my little book -
Your shadow-name. Your shadow-look
Is dimmer and diviner too,
But not to keep: it slips so far
Beyond us to that golden bar

Where angels, watching from their stair,
Half-envy you your tranquil days
Of prayer as exquisite as praise, -
Grey twilights softer than their glare
Of glory: all sweet human things
Which vanish with the whirr of wings.

Yet will you, when you wing your way
To whiter worlds, more whitely shine
Or shed a radiance more divine
Than here you shed from day to day -
High is His heaven a quiet star,
Be nearer God than now you are?

Charlotte Mew

15.10.07

Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão-de bailar
As quatro estações à minha porta.
Outros em Abril passarão no pomar
Em que eu tantas vezes passei,
Haverá longos poentes sobre o mar,
Outros amarão as coisas que eu amei.
Será o mesmo brilho, a mesma festa,
Será o mesmo jardim à minha porta,
E os cabelos doirados da floresta,
Como se eu não estivesse morta.

Sophia

10.10.07

Como em qualquer reacção química, quando dois elementos entram em contacto, ambos se transformam.
Jung

7.10.07

Isto porque acredito que

se aquilo que produzimos for a experiência da verdade que nos habita, então será sempre maior que nós próprios. Portanto, o que daqui resultou foi uma maior consciência de que somos meros canais através dos quais algo de superior se manifesta, o que pode parecer pouco, mas é quanto basta para vivermos em tranquilidade.

Maria José Costa Félix

1.10.07

será? II

não comprendo para crer mas creio para compreender

desconheço a fonte

30.9.07

será?

Arte de amar

Se queres sentir a felicidade de amar,

Esquece a tua alma

A alma é que estraga o amor

Só em Deus ela pode encontrar

Satisfação

Não noutra alma

As almas são incomunicáveis


Deixa teu corpo entender-se

Com outro corpo

Porque os corpos se entendem,

Mas as almas não.


Manuel Bandeira


27.9.07

...some times with fierce determination, others with quiet resolve.

23.9.07

A liberdade mais difícil de manter é a liberdade de errar.
Morris West

19.9.07

A verdade é que

se não te criares como Quem Tu És isso não poderá acontecer.

Conversas com Deus, p. 39

18.9.07

Consoada

Quando a indesejada das gentes chegar

(Não sei se dura ou caroável),

Talvez eu tenha medo.

Talvez sorria, ou diga:

Alô, iniludível!

O meu dia foi bom, pode a noite descer.

(A noite com seus sortilégios).

Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,

A mesa posta, com cada coisa em seu lugar.

Manoel Bandeira

16.9.07

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Ricardo Reis, Odes

3.9.07

Meu fado meu

Trago um fado no meu canto
Canto a noite até ser dia
Do meu povo trago pranto
No meu canto a Mouraria

Tenho saudades de mim
Do meu amor, mais amado
Eu canto um país sem fim
O mar, a terra, o meu fado
Meu fado, meu fado, meu fado, meu fado

De mim só me falto eu
Senhora da minha vida
Do sonho, digo que é meu
E dou por mim já nascida

Trago um fado no meu canto
Na minh'alma vem guardado
Vem por dentro do meu espanto
A procura do meu fado
Meu fado, meu fado, meu fado, meu fado


de Paulo de Carvalho, cantado por Mariza