"We need to start treating him with more respect. It's not that you have to be best friends with everyone. It's that you have to support everyone, because learning is hard."
http://www.edutopia.org/blog/early-childhood-tips-5th-grade-teacher-michael-gervais
8.5.15
21.4.15
Words are but shorthand to reality
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It is certainly within Peircean semiotics that the most straightforward link between semiotic processes and processes of cognition can be found, so much so that this direction in semiotics is often referred to as cognitive semiotics. According to Peirce, KNOWLEDGE ACQUISITION and thought are never immediate, direct processes but are always mediated through signs, or interpretants, which are more developed signs and which thus allow the subject to know more than she knew before, in an endless process of interpretation known as unlimited semiosis. Interpretants, which are the central element in the sign process, are first of all mind-internal signs, that is to say mental representations. In this way, thought, signs, and cognition become one and the same thing. "All thought is in signs" (Collected Papers 5: 252), but because each interpretant sign adds something new to the process of thinking and knowing, cognition is strongly characterized as an inferential process.
em http://ai.ato.ms/MITECS/Entry/violi.html
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It is certainly within Peircean semiotics that the most straightforward link between semiotic processes and processes of cognition can be found, so much so that this direction in semiotics is often referred to as cognitive semiotics. According to Peirce, KNOWLEDGE ACQUISITION and thought are never immediate, direct processes but are always mediated through signs, or interpretants, which are more developed signs and which thus allow the subject to know more than she knew before, in an endless process of interpretation known as unlimited semiosis. Interpretants, which are the central element in the sign process, are first of all mind-internal signs, that is to say mental representations. In this way, thought, signs, and cognition become one and the same thing. "All thought is in signs" (Collected Papers 5: 252), but because each interpretant sign adds something new to the process of thinking and knowing, cognition is strongly characterized as an inferential process.
em http://ai.ato.ms/MITECS/Entry/violi.html
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16.4.15
21.3.15
14.3.15
5.3.15
2.3.15
27.2.15
A realidade é o que é e não o que nós imaginamos ser, e a única maneira de a conhecermos é irmos ao seu encontro.
aqui
aqui
26.2.15
20.2.15
Night Vision
By day give thanks
By night beware
Half the world in sweetness
The other in fear
When the darkness takes you
With her hand across your face
Don't give in too quickly
Find the thing she's erased
Find the line, find the shape
Through the grain
Find the outline, things will
Tell you their name
The table. the guitar
The empty glass
All will blend together when
Daylight has passed
Find the line, find the shape
Through the grain
Find the outline, things will
Tell you their name
Now I watch you falling into sleep
Watch your fist curl against the sheet
Watch your lips fall open and your eyes dim
In blind faith
I would shelter you
Keep you in light
But I can only teach you
Night vision [X3]
By night beware
Half the world in sweetness
The other in fear
When the darkness takes you
With her hand across your face
Don't give in too quickly
Find the thing she's erased
Find the line, find the shape
Through the grain
Find the outline, things will
Tell you their name
The table. the guitar
The empty glass
All will blend together when
Daylight has passed
Find the line, find the shape
Through the grain
Find the outline, things will
Tell you their name
Now I watch you falling into sleep
Watch your fist curl against the sheet
Watch your lips fall open and your eyes dim
In blind faith
I would shelter you
Keep you in light
But I can only teach you
Night vision [X3]
Suzanne Vega, álbum Solitude Standing, 1987.
12.2.15
10.2.15
controverso
A ciência mais necessária àquele que deseja governar com sabedoria é a de tornar os homens capazes de ser bem governados.
Plutarco
Plutarco
2.2.15
With gentleness
The innocent mistake that keeps us caught in our own particular style of ignorance, unkindness, and shut-downness is that we are never encouraged to see clearly what is, with gentleness. Instead, there’s a kind of basic misunderstanding that we should try to be better than we already are, that we should try to improve ourselves, that we should try to get away from painful things, and that if we could just learn how to get away from the painful things, then we would be happy.
Pema Chödrön, The Wisdom of No Escape, em BrainPickings.
[...]
The problem is that the desire to change is fundamentally a form of aggression toward yourself. The other problem is that our hangups, unfortunately or fortunately, contain our wealth. Our neurosis and our wisdom are made out of the same material. If you throw out your neurosis, you also throw out your wisdom.
28.1.15
27.1.15
that you may learn to keep it in your own awareness
Offer them the blessing of your holiness immediately
TUB
TUB
19.1.15
17.1.15
Monólogo de Segismundo
Ai de mim! Ai pobre de mim!
Que pergunto a Deus para entender.
Que crime cometi contra Vós?
Pois se nasci, entendo já o crime que cometi.
Aí está motivo suficiente para Vossa justiça, Vosso rigor.
Pois o crime maior do homem é ter nascido!
Para maiores cuidados, só queria saber que crimes cometi contra Vós, além do crime de nascer.
Não nasceram outros também?
Pois se outros nasceram, que privilégios tiveram que eu jamais gozei?
Nasce uma ave, e é embelezada por seus ricos enfeites.
Não passa de flor de plumas, ramalhete alado, quando veloz cortando os salões aéreos recusa piedade ao ninho que abandona em paz.
E eu, tendo mais instinto, tenho menos liberdade?
Nasce uma fera, com uma pele respingada de belas manchas, que lembram estrelas. Logo, atrevida, feroz, a necessidade humana lhe ensina a crueldade!
Monstro de seu labirinto!
E eu, tendo mais alma, tenho menos liberdade?
Nasce um peixe, aborto de ovas e lodo, enfeita um barco de escamas sobre as ondas.
Ele gira, gira, por toda a parte, exibindo a imensa liberdade que lhe dá um coração frio!
E eu, tendo mais escolha, tenho menos liberdade?
Nasce um riacho, serpente prateada, que dentre flores surge de repente, de repente. Entre flores ele se esconde, e como músico celebra a piedade das flores que lhe dão um campo aberto á sua fuga!
E eu, tendo mais vida, tenho menos liberdade?
Assim, assim, chegando a esta paixão um vulcão, qual Etna, quisera arrancar do peito pedaços do coração!
Que lei, justiça ou razão pode recusar aos homens privilégios tão suaves e sensação tão única!
Que Deus deu a um cristão, a um peixe, a uma fera, a uma ave?
Monólogo de Segismundo de La vida es sueño, Calderón de la Barca, no filme Tempos de Paz, Brasil, 2009.
Que pergunto a Deus para entender.
Que crime cometi contra Vós?
Pois se nasci, entendo já o crime que cometi.
Aí está motivo suficiente para Vossa justiça, Vosso rigor.
Pois o crime maior do homem é ter nascido!
Para maiores cuidados, só queria saber que crimes cometi contra Vós, além do crime de nascer.
Não nasceram outros também?
Pois se outros nasceram, que privilégios tiveram que eu jamais gozei?
Nasce uma ave, e é embelezada por seus ricos enfeites.
Não passa de flor de plumas, ramalhete alado, quando veloz cortando os salões aéreos recusa piedade ao ninho que abandona em paz.
E eu, tendo mais instinto, tenho menos liberdade?
Nasce uma fera, com uma pele respingada de belas manchas, que lembram estrelas. Logo, atrevida, feroz, a necessidade humana lhe ensina a crueldade!
Monstro de seu labirinto!
E eu, tendo mais alma, tenho menos liberdade?
Nasce um peixe, aborto de ovas e lodo, enfeita um barco de escamas sobre as ondas.
Ele gira, gira, por toda a parte, exibindo a imensa liberdade que lhe dá um coração frio!
E eu, tendo mais escolha, tenho menos liberdade?
Nasce um riacho, serpente prateada, que dentre flores surge de repente, de repente. Entre flores ele se esconde, e como músico celebra a piedade das flores que lhe dão um campo aberto á sua fuga!
E eu, tendo mais vida, tenho menos liberdade?
Assim, assim, chegando a esta paixão um vulcão, qual Etna, quisera arrancar do peito pedaços do coração!
Que lei, justiça ou razão pode recusar aos homens privilégios tão suaves e sensação tão única!
Que Deus deu a um cristão, a um peixe, a uma fera, a uma ave?
Monólogo de Segismundo de La vida es sueño, Calderón de la Barca, no filme Tempos de Paz, Brasil, 2009.
28.11.14
A obra da imaginação
Na crise está a oportunidade, mas é preciso saber operar a mudança sem ela. “Os países europeus tiveram momentos de aventura ou grandeza, mas invariavelmente associados às guerras. Esse é o ritmo da história europeia: guerra, acorda; paz, dorme… Não precisa da guerra para ficar acordado. Aí é que vem a grande tarefa da imaginação. Porque a obra da imaginação é fazer o trabalho da crise sem crise.”
E a tarefa do Estado, já o dissemos, é dar asas a essa imaginação.
Roberto Manabeira Unger, em entrevista para o jornal Público, 2014.
E a tarefa do Estado, já o dissemos, é dar asas a essa imaginação.
Roberto Manabeira Unger, em entrevista para o jornal Público, 2014.
2.10.14
Now we are six (1927)
When I was One,
I had just begun.
I had just begun.
When I was Two,
I was nearly new.
I was nearly new.
When I was Three
I was hardly me.
I was hardly me.
When I was Four,
I was not much more.
I was not much more.
When I was Five,
I was just alive.
I was just alive.
But now I am Six,
I’m as clever as clever,
I’m as clever as clever,
So I think I’ll be six now for ever and ever.
A. A. Milne
11.9.14
(O) Valor das coisas
54. Encheremos o mundo de coisas preciosas, serão tantas que os homens passarão por elas julgando-as banais.
(Fragmento Anónimo, século I depois da Hégira)
em Enciclopédia da História Universal, Afonso Cruz.
8.9.14
1.9.14
Tudo o que atinge o seu limite, transforma-se. Esta é a mecânica. Esta é a dinâmica. O limite de cada um está na sua capacidade de acreditar em si mesmo. Quando acredita, transforma-se naquilo que crê. Se acredita que é tolerante, transforma-se numa pessoa tolerante. Se acredita que é intolerante, torna-se numa pessoa intolerante. E sempre que acredita, cria, porque quando acredita está a ir ao mais profundo de si, ali onde tudo é criação. E se cria, liberta-se. E quando se liberta, ultrapassa o seu limite. Este é o ciclo da vida. Só quem transpõe o seu limite trabalha verdadeiramente o agora. Quem não o faz, vive quase sempre angustiado com a ideia daquilo que poderia ter feito e não fez, e com aquilo que acha que nunca poderá vir a fazer.
José Micard T.
José Micard T.
15.5.14
Sentimento - Conhecimento - Liberdade
(pp. 18-19)
Os sentimentos de dor ou prazer são os alicerces da mente. É fácil não dar conta desta simples realidade porque as imagens dos objetos e dos acontecimentos que nos rodeiam, bem como as imagens das palavras e frases que os descrevem, ocupam toda a nossa modesta atenção, ou quase toda. Mas é assim. Os sentimentos de prazer, ou de dor, ou de toda e qualquer qualidade entre dor e prazer, os sentimentos de toda e qualquer emoção ou dos diversos estados que se relacionam com uma qualquer emoção, são a mais universal das melodias, uma canção que só descansa quando chega o sono, e que se torna num verdadeiro huno quando a alegria nos ocupa ou se desfaz em lúgubre requiem quando a tristeza invade.
Dada a ubiquidade dos sentimentos, seria fácil pensar que a sua ciência estaria já muito elucidada. Mas não está. [...] Tratamos dos nossos sentimentos como pílulas, bebidas, exercícios físicos e espirituais, mas nem o público nem a ciência fazem uma ideia clara do que são os sentimentos do ponto de vista biológico.
(pp. 162-163)
Assim, os sentimentos podem ser os sensores mentais do interior do organismo, as testemunhas do estado da vida. Os sentimentos podem também ser sentinelas, dado que permitem ao nosso si que tome conhecimento do estado da vida no organismo durante um breve intervalo de tempo. Os sentimentos são, em suma, as manifestações mentais do equilíbrio e da harmonia, da desarmonia ou do desacordo. Não se referem necessariamente à harmonia ou ao desacordo dos objectos e das situações exteriores ao organismo, embora seja evidente que também o podem fazer. Referem-se mais imediatamente à harmonia e ao desacordo que acontecem no interior da carne. A alegria e a mágoa, bem como os sentimentos que se relacionam com elas, são primariamente ideias do corpo no processo de obter estados de sobrevida óptimos. A alegria e a mágoa são revelações mentais desse processo de manobra, excepto quando drogas ou depressão corrompem a fidelidade da revelação (embora seja possível defender o argumento de que a doença revelada pela depressão é, ao fim e ao cabo, bem fiel ao estado da vida no organismo deprimido).
É curioso pensar que os sentimentos são testemunhas do nível mais recôndito da vida. E quando tentamos inverter a marcha da engenharia da evolução e descobrir as origens dos sentimentos, é legítimo perguntar se a razão por que os sentimentos prevaleceram como fenómeno importante dos seres vivos complexos é precisamente a sua capacidade de dar testemunho sobre a vida à medida que ocorrem na mente.
António Damásio, Ao Encontro de Espinosa, 2003.
---
Os
sentimentos fazem a transposição do mundo da regulação automática
para o mundo da regulação deliberada. Os sentimentos confundem-se
com o princípio da consciência. Confundem-se, pois, com a
possibilidade, não só de ter uma reacção automática, mas de
saber que se tem essa reacção, e poder a partir daí construir
conhecimentos e sintonizar essa reacção com determinados
objectivos. Portanto, os sentimentos são indispensáveis para se
conseguir criar um espaço de livre-arbítrio, que temos (isso é
qualquer coisa que nos caracteriza humanamente), embora não tenhamos
um enorme espaço de manobra; são indispensáveis para se conseguir
deliberar, para se conseguir concluir "não devo matar".
António Damásio,
em entrevista a André Barata, Público, 2003.
16.4.14
Uma história distante
Levada por fantásticos caminhos
atravessei países vacilantes...
Sophia
Somos uma coisa em nosso corpo
lenta e absoluta que nem conseguimos
no escuro se abre
seu odor, seu aspecto, sua lei
cada um de nós jaz por terra muito depois que se levanta
tudo o que possui não cobre metade do seu reino
e apesar do domicílio fixo, das horas certas
dormimos a céu aberto pelas estradas
J T Mendonça, em Estrada Branca, 2005
lenta e absoluta que nem conseguimos
no escuro se abre
seu odor, seu aspecto, sua lei
cada um de nós jaz por terra muito depois que se levanta
tudo o que possui não cobre metade do seu reino
e apesar do domicílio fixo, das horas certas
dormimos a céu aberto pelas estradas
J T Mendonça, em Estrada Branca, 2005
24.3.14
This will be our reply
to violence: to make music more intensely, more
beautifully, more devotedly than ever before.
Leonard
Bernstein, after the assassination of JFK
23.2.14
A estrada branca
Atravessei contigo a minuciosa tarde
deste-me a tua mão, a vida parecia
difícil de estabelecer
acima do muro alto
folhas tremiam
ao invisível peso mais forte
Podia morrer por uma só dessas coisas
que trazemos sem que possam ser ditas:
astros cruzam-se numa velocidade que apavora
inamovíveis glaciares por fim se deslocam
e na única forma que tem de acompanhar-te
o meu coração bate
deste-me a tua mão, a vida parecia
difícil de estabelecer
acima do muro alto
folhas tremiam
ao invisível peso mais forte
Podia morrer por uma só dessas coisas
que trazemos sem que possam ser ditas:
astros cruzam-se numa velocidade que apavora
inamovíveis glaciares por fim se deslocam
e na única forma que tem de acompanhar-te
o meu coração bate
J T Mendonça,
A Estrada Branca, 2005
A Estrada Branca, 2005
3.2.14
Temos a obrigação de inventar outro mundo porque sabemos que outro mundo é possível. Mas cabe a nós construí-lo com as nossas mãos entrando em cena, no palco e na vida. Atores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a transforma!
Augusto Boal
à entrada da página da PELE
Augusto Boal
à entrada da página da PELE
30.1.14
27.1.14
You are welcome to Elsinore
Entre
nós e as palavras há metal fundente
entre nós e as palavras há hélices que andam
e podem dar-nos morte violar-nos tirar
do mais fundo de nós o mais útil segredo
entre nós e as palavras há perfis ardentes
espaços cheios de gente de costas
altas flores venenosas portas por abrir
e escadas e ponteiros e crianças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precipício
Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de vida há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição
Entre nós e as palavras, surdamente,
as mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras nocturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
e os braços dos amantes escrevem muito alto
muito além do azul onde oxidados morrem
palavras maternais só sombra só soluço
só espasmo só amor só solidão desfeita
Entre nós e as palavras, os emparedados
e entre nós e as palavras, o nosso dever falar
entre nós e as palavras há hélices que andam
e podem dar-nos morte violar-nos tirar
do mais fundo de nós o mais útil segredo
entre nós e as palavras há perfis ardentes
espaços cheios de gente de costas
altas flores venenosas portas por abrir
e escadas e ponteiros e crianças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precipício
Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de vida há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição
Entre nós e as palavras, surdamente,
as mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras nocturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
e os braços dos amantes escrevem muito alto
muito além do azul onde oxidados morrem
palavras maternais só sombra só soluço
só espasmo só amor só solidão desfeita
Entre nós e as palavras, os emparedados
e entre nós e as palavras, o nosso dever falar
Mário
Cesariny
Pena
Capital
Lisboa,
Assírio & Alvim, 1982
Explicação da Eternidade
devagar,
o tempo transforma tudo em tempo.
o ódio transforma-se em
tempo, o amor
transforma-se em tempo, a dor transforma-se
em tempo.
os assuntos que julgámos mais profundos,
mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis,
transformam-se devagar em tempo.
por si só, o tempo não é nada.
a idade de nada é nada.
a eternidade não existe.
no entanto, a eternidade existe.
os instantes dos teus olhos parados sobre mim eram eternos.
os instantes do teu sorriso eram eternos.
os instantes do teu corpo de luz eram eternos.
foste eterna até ao fim.
transforma-se em tempo, a dor transforma-se
em tempo.
os assuntos que julgámos mais profundos,
mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis,
transformam-se devagar em tempo.
por si só, o tempo não é nada.
a idade de nada é nada.
a eternidade não existe.
no entanto, a eternidade existe.
os instantes dos teus olhos parados sobre mim eram eternos.
os instantes do teu sorriso eram eternos.
os instantes do teu corpo de luz eram eternos.
foste eterna até ao fim.
José
Luís Peixoto
20.1.14
19.1.14
Pedia-lhe, o melhor que soubesse,
uma grande paciência para tudo o que ainda não estiver resolvido no seu coração. Esforce-se por amar as suas próprias dúvidas como se cada uma delas fosse um quarto fechado, um livro escrito em língua estrangeira. Não
procure, por enquanto, respostas que não lhe podem ser dadas, porque
não saberia ainda pô-las em prática, vivê-las. E trata-se,
precisamente, de viver tudo. De momento, viva apenas as suas
interrogações. Talvez que, simplesmente vivendo-as, acabe um dia
por penetrar insensivelmente nas respostas
Rilke, Cartas a um jovem poeta
14.1.14
Escada sem corrimão
É uma escada em caracol
E que não tem corrimão
Vai a caminho do Sol
Mas nunca passa do chão
Os degraus quanto mais altos
Mais estragados estão
Nem sustos nem sobressaltos
Servem sequer de lição
Quem tem medo não a sobe
Quem tem sonhos também não
Há quem chegue a deitar fora
O lastro do coração
Sobe-se numa corrida
Corre-se perigos em vão
Adivinhaste... é a vida
A escada sem corrimão
David Mourão-Ferreira
Cantada por Camané aqui
E que não tem corrimão
Vai a caminho do Sol
Mas nunca passa do chão
Os degraus quanto mais altos
Mais estragados estão
Nem sustos nem sobressaltos
Servem sequer de lição
Quem tem medo não a sobe
Quem tem sonhos também não
Há quem chegue a deitar fora
O lastro do coração
Sobe-se numa corrida
Corre-se perigos em vão
Adivinhaste... é a vida
A escada sem corrimão
David Mourão-Ferreira
Cantada por Camané aqui
9.1.14
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