1.12.20

Um monge decide meditar sozinho.

Longe de seu mosteiro, ele toma um barco e vai até ao meio do lago, fecha os olhos e começa a meditar. 

Depois de algumas horas de silêncio imperturbável, 

ele de repente sente o golpe de outro barco batendo no dele. Com os olhos ainda fechados, ele sente a raiva crescer e, quando abre os olhos, está pronto para gritar com o barqueiro que ousou atrapalhar sua meditação. 

Mas quando ele abriu os olhos, 

viu que era um barco vazio, não amarrado, que flutuava no meio do lago...

Nesse momento, o monge alcança a auto-realização e entende que a raiva está dentro dele; 

ele simplesmente precisa da batida de um objeto externo para provocá-lo.

Depois disso, sempre que conhece alguém que irrita ou provoca sua raiva, ele se lembra; 

a outra pessoa não passa de um barco vazio. 

A raiva está dentro de mim.

Thich Nhat Hanh

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